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2012 - Livro Vermelho 2013

Asplenium muellerianum Rosenst. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 26-04-2012

Criterio:

Avaliador: Julia Caram Sfair

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie amplamente distribuída (EOO=36.916,179 km²) encontrada em áreas de florestaombrófila densa e mista na Mata Atlântica. Apesar de serem áreas que sofreram grande redução de habitat no passado, há diversas coletas para espécie, principalmente em Santa Catarina. Dessa maneira a espécie é consideradacomo "Menos preocupante" (LC). Entretanto, por ocorrer próximo a áreas com alta densidade populacional humana, o estado de conservação da espécie deve ser melhor estudado.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Asplenium muellerianum Rosenst.;

Família: Aspleniaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Distribuição

A espécie ocorre nos Estados São Paulo, Paraná, Santa Catarina (Sylvestre, 2012).A espécie ocorre desde o nível do mar até 1.700m de altitude (Sylvestre, 2001)

Ecologia

A espécie é terrícola, raramente epífita. Cresce em solos de floresta úmida e sombreada (CNCFlora, 2012). Ocorre em floresta ombrófila densa do Sudeste e Sul do Brasil, sendo mais frequente nas florestas com presença de Araucária. Na Serra da Graciosa (PR) a espécie é encontrada como epífita, geralmente localizada a poucos centímetros do solo (Sylvestre, 2001).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A florestaombrófila mista, típica da região sul do Brasil, abriga componentes arbóreos deelevado valor comercial, como a Araucaria angustifolia (pinheiro) e Ocoteaporosa (imbuia), por isso esta floresta foi alvo de intenso processo deexploração predatório. Atualmente os remanescentes florestais não perfazem maisdo que 1% da área original (200.000 a 250.000 km²). Ademais, a intensidade daexploração madeireira, desmatamentos e queimadas, substituição da vegetação porpastagens, agricultura, reflorestamentos homogêneos com espécies exóticas e aampliação das zonas urbanas no sul do Brasil, iniciados nos primeiros anos doséculo XX, provocaram uma dramática redução da área das florestas originais naregião (Medeiros et al., 2005).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes O Estado de São Paulo originalmente possuíaaproximadamente 81,8% (20.450.000 ha) de seu território. Hoje, a Mata Atlânticano Estado representa cerca de 18% da remanescente no Brasil, concentrando-se aolongo do litoral e encostas da Serra do Mar, significando cerca de 8,3% da áreado Estado e 83,6% da vegetação nativa ainda existente no Estado (Costa,1997).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A cobertura vegetal do estado do Espirito Santo, antes praticamente toda recoberta pela Mata Atlântica, tem uma história de devastação cujos registros remontam aos do início de sua colonização. A destruição e degradação do habitat é, sem dúvida, a maior causa de perda de biodiversidade no Estado. Subsequentes ciclos econômicos, como o da exploração da madeira, da agricultura cafeeira, dos "reflorestamentos" homogêneos (Pinus e Eucaliptus), a incidência de espécies exóticas invasoras e sobre-exploração de plantas ornamentais são algumas principais ameaças incidentes sobre a flora do Estado (Simonelli; Fraga, 2007).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Vulnerável" (VU), segundo a Lista vermelha da flora de São Paulo, (SMA-SP, 2004)

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação (SNUC): Parque Estadual do Marumbi, PR (CNCFlora, 2011), Floresta Nacional São Francisco de Paula, RS, Parque Estadual das Lauráceas, PR, Estação Biológica Alto de Paranapiacaba, SP, Parque Nacional do Itatiaia, RJ e Parque Estadual do Rio Doce, MG (Sylvestre, 2001)

Referências

- MEDEIROS, J. D.; SAVI, M.; BRITO, B. F. A. Seleção de áreas para criação de Unidades de Conservação na floresta ombrófila mista. Biotemas, v. 18, n. 2, p. 33-50, 2005.

- SIMONELLI, M.; FRAGA, C. N. (ORG.). Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo. Vitória, ES: IPEMA, 2007. 144 p.

- COSTA, J. P. O. Avaliação da reserva da biosfera da Mata Atântica. CONSELHO NACIONAL DA RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA, v. 6, p. 48, 1997.

- SYLVESTRE, L. Aspleniaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB090671>.

- SYLVESTRE, L. Aspleniaceae. In: STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A.; SOBRAL, M. COSTA, D. P. KAMINO, L. H. Y. Plantas da floresta atlântica. Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, p.516, 2009.

- SYLVESTRE, L. S. Revisão Taxonômica das espécies da família Aspleniaceae A. B. Frank ocorrentes no Brasil. Tese de Doutorado. São Paulo, SP: Universidade de São Paulo, 2001.

- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.

- Base de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2011.

Como citar

CNCFlora. Asplenium muellerianum in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Asplenium muellerianum>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 26/04/2012 - 18:08:46